terça-feira, 26 de outubro de 2010

Efeito de diferentes tempos de repouso nas pastagens

EFEITO DE DIFERENTES TEMPOS DE REPOUSO SOBRE A PARTE AÉREA, SISTEMA RADICULAR E COMPORTAMENTO DE PASTOREIO DE VACAS LEITEIRAS EM UMA PASTAGEM POLIFÍTICA.

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes tempos de
repouso na produção de matéria seca (MS) da parte aérea e do sistema
radicular, na qualidade da forragem (Proteína Bruta - PB, Fibra em
Detergente Neutro - FDN e Fibra em Detergente Ácido - FDA), na
composição botânica e no comportamento de pastoreio de vacas leiteiras
em uma pastagem polifítica. Para isso conduziu-se um experimento a
campo no município de Pinhais, PR. Utilizando-se de blocos
completamente casualizados com seis repetições, o experimento avaliou
três tratamentos (três tempos de repouso): 21 dias (T21), 42 dias (T42) e
repouso variável (TV) seguindo os princípios do Pastoreio Racional
Voisin (PRV). O trabalho foi dividido em dois experimentos. No
experimento 1, estudou-se a produção de MS da parte áerea e do sistema
radicular, a qualidade da forragem e a composição botânica da
pastagem. Na produção de MS de raízes, em kg/ha, houve efeito de
tratamento na profundidade de 0-5 cm, onde o T21 produziu uma menor
quantidade de raízes que o TV em duas épocas avaliadas, ao passo que
o T42 em apenas uma época. O repouso muito curto da pastagem (T21)
prejudica o sistema radicular o que pode comprometer a perenidade do
pasto a longo prazo. A composição botânica variou em função dos
tratamentos para uma mesma época, onde, ao final do experimento, as
gramíneas de verão foram favorecidas pelo repouso mais curto (T21).
Não houve diferença na produção total de MS da parte aérea ao final do
experimento. No experimento 2, avaliou-se o comportamento de
pastoreio das vacas frente aos três tratamentos e verificou-se que
diferentes tempos de repouso interferem no comportamento de
pastoreio, modificando o tempo de pastoreio e a taxa de bocadas.. O
tempo de repouso muito longo (T42) aumenta o tempo de pastoreio
diminuindo a taxa de bocadas por fornecer uma forragem de menor
qualidade nutritiva. O repouso variável foi o tratamento que não
comprometeu o sistema radicular ao mesmo tempo que possibilitou
uma boa coleta de pasto pelos animais.

Autor: CICERO TEÓFILO BERTON - M.Sc Eng Agronômo

para ver o texto completo acessar: http://www.tede.ufsc.br/teses/PAGR0237-D.pdf