sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Mercado brasileiro de orgânicos deve movimentar R$ 2,5 bi em 2014


A agricultura orgânica ganha cada vez mais espaço na cadeia agrícola brasileira. Em 2014, ela movimentou cerca de R$ 2 bilhões e a expectativa é que em 2016 este número alcance R$ 2,5 bilhões, segundo o setor. O mercado nacional de orgânicos espera crescer entre 20% e 30% no ano que vem.
Os produtos de orgânicos agregam, em média, 30% a mais no preço quando comparado aos produtos convencionais, de acordo com analistas do setor. Segundo Jorge Ricardo de Almeida Gonçalves, da Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a formação de preços depende especialmente do gerenciamento da unidade de produção, do canal de comercialização e da oferta e demanda dos produtos.
“Normalmente, os valores dos orgânicos são mais elevados que os dos produtos convencionais por terem uma menor escala de produção, custos de conversão para adequação aos regulamentos e processos de reconhecimento de sua qualidade orgânica”, assinala Jorge Ricardo. Na sua avaliação, o produtor de orgânicos ainda carece de crédito diferenciado e de tecnologias e assistência técnica, além de infraestrutura e logística adequadas às características da produção e do mercado de orgânicos.
Cadastro
Atualmente, há 11.084 produtores no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, gerenciado pelo Mapa. O banco de dados é liderado pelos estados do Rio Grande do Sul (1.554), São Paulo (1.438), Paraná (1.414) e Santa Catarina (999). Veja tabela abaixo.
A área de produção orgânica no Brasil abrange 950 mil hectares. Nela, são produzidas hortaliças, cana-de-açúcar, arroz, café, castanha do brasil, cacau, açaí, guaraná, palmito, mel, sucos, ovos e laticínios.
O Brasil exporta para mais de 76 países. Os principais produtos exportados são açúcar, mel, oleaginosas, frutas e castanhas.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Queijos artesanais agregam valor com Indicação Geográfica



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está trabalhando para ampliar as regiões produtoras de queijos artesanais com registro de Indicação Geográfica (IG). O Mapa identificou 18 áreas de produção de queijos artesanais de leite cru no Brasil, com maturação menor que 60 dias, que podem receber a IG, desde que preencham os requisitos higiênico-sanitários. Duas delas – a do Serro e a da Canastra, ambas em Minas Gerais – já têm o registro de Indicação Geográfica. O IG agrega valor ao produto, o que possibilita ao setor aumentar a geração de renda e de emprego.
Segundo a Coordenação de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (CIG/SDC) do Mapa, o registro de Indicação Geográfica é um reconhecimento da notoriedade, reputação, valor intrínseco e identidade do produto, além de proteger seu nome geográfico e distingui-lo de similares disponíveis no mercado.
Além do Serro e a da Canastra – regiões que já têm o IG concedido pelo Mapa – outras áreas produtoras já são reconhecidas pelo mercado consumidor pela qualidade e tipicidade de sua produção de queijos artesanais. Entre elas, o Cerrado Mineiro, a Serra do Salitre e Araxá, também em Minas, o Arquipélago do Marajó (PA), o Agreste Pernambucano (PE), o Seridó (RN), a região Serrana (RS e SC) e a região do Jaguaribe (CE).
As produções desses queijos envolvem grande quantidade de pequenos e médios produtores, que desempenham um importante papel social e econômico. Como grande parte da produção ainda é informal e não possui registro de Indicação Geográfica ou marca coletiva, o Ministério da Agricultura vem trabalhando para promover o desenvolvimento nessas regiões e o consequente reconhecimento dos produtos.
Para isso, consultores – contratados pela SDC, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) - já visitaram essas oito áreas, levantando informações sobre as regiões e os queijos produzidos e identificando os agentes da cadeia produtiva (fornecedores de insumos/serviços, produtores, processadores e distribuidores), técnicos, governança local, secretarias de turismo e academia. Também promovem   eventos para sensibilizar as comunidades locais e demais envolvidos na cadeia produtiva de queijos artesanais.
Seridó Potiguar
No Rio Grande do Norte, por exemplo, foram realizados eventos de sensibilização para atores ligados à cadeia dos queijos artesanais da região do Seridó Potiguar. Um deles foi o Seminário de IG, organizado pela Superintendência Federal de Agricultura do Rio Grande do Norte (SFA-RN), com apoio do Sebrae, Emater, Adese e RN Sustentável, em abril deste ano. Participaram do seminário cerca de 50 pessoas, entre pequenos e médios produtores de queijo, sindicalistas, representantes de federações (de trabalhadores e patronal), gestores municipais e estaduais e técnicos com atuação municipal e regional.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Implantação de Tecnologia na Atividade Leiteira com Acompanhamento Zootécnico e Financeiro.

A Empresa de Assistência Técnica do Distrito Federal - Emater-DF, lança o primeiro número da publicação “Diálogos e Experiências”. Com um caráter técnico, o material objetiva registrar de forma sistemática casos exitosos do trabalho de assistência técnica e extensão rural para divulgação e consulta.
Nessa primeira edição, o caso de sucesso da família do produtor do Núcleo Rural Tabatinga Flávio Franklin Guimarães é retratado pelos extensionistas Adriana Ribeiro, Flávia Lage e Ricardo Luz.
Em algumas páginas, são relatadas as mudanças ocorridas na propriedade rural com a implantação do Projeto Brasília Leite Sustentável (BLS), desde as dificuldades enfrentadas até o aumento da produção diária de leite, no período de um ano.
Experiência
Diálogos e Experiências nº 01 conta a história do agricultor familiar Flávio e sua esposa Elizabete Pereira de Souza, que decidiram fazer parte do BLS em 2012, devido ao interesse em atuar com produção leiteira. Antes de ter o acompanhamento dos extensionistas da Emater-DF, Flávio criava cavalos, galinhas, porcos e produzia apenas 30 litros de leite por dia com um rebanho de 12 vacas. Após um ano de acompanhamento, a família já comemorava uma produção média diária de 90 litros por dia, com o mesmo rebanho.
A propriedade, de seis hectares, sediou em 2013 um Dia Especial do Leite, quando foram apresentados a técnicos, estudantes e produtores do DF os resultados econômicos da atividade após o acompanhamento técnico e adesão ao Brasília Leite Sustentável. O produtor obteve um lucro médio de 34,8%.
Para a médica veterinária Adriana Ribeiro, ainda existem desafios para serem superados na propriedade, mas faz parte do processo de construção do conhecimento, que considera a realidade do produtor e suas vivências.
Além dessa experiência, outras serão publicadas por meio do Diálogos e Experiências. A expectativa é de que no fim de 2015 todas as publicações estejam reunidas no Caderno de Experiências da Emater-DF.
Veja, na íntegra, a primeira edição de “Diálogos e Experiências”:

http://www.emater.df.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1103&Itemid=138

fonte: www.emater.df.gov.br